quinta-feira, 17 de março de 2011

Ah sim, as gostosas

Também sobre as gostosas do funk, mas não é só delas que quero falar, mas sobre mulher e a ligação que existem entre música e sensualidade.

As “gostosas do funk” sem dúvida atraem olhares e, na minha opinião são a única coisa “bonita” que há no funk brasileiro. E no contexto em que crescem e vivem essas “meninas” (futuras funkeiras), fica difícil conseguir chamar atenção senão dançando e mostrando o que é valorizado pela comunidade em que vivem. A sociedade constrói paredes ao redor delas, e mesmo que existam nesse “contexto social” meninas inteligentes e que tenham muito a dizer, elas dificilmente serão ouvidas... mas aquelas que tem um corpão, e rebolam de modo provocante ao som do funk brasileiro (que elas crescem ouvindo) com certeza vão receber muita atenção. Concordo que possam ser vulgares, e não são exemplos a serem seguidos. Mas eu não vou ficar criticando as gostosas. E não é só por que criticar é modinha (e eu tenho muito pra falar sobre “modinha”), mas porque eu as considero dignas de atenção (e não venha me dizer, principalmente se você for homem, que não presta atenção nelas quando estão semi-nuas exibindo suas curvas em movimentos de vai-e-vem) e não apenas merecedoras de críticas negativas. Eu sei que era de se esperar que uma rockeira odiasse e difamasse essas mulheres ditas “vulgares, exibicionistas e sem conteúdo”, mas tenho tanto orgulho de ser rockeira quanto tenho de ser justa e a grande maioria dessas mulheres são bonitas, gostosas e dançam de uma forma muito erótica. Elas tem de fato algo pra se olhar. Portanto a crítica é para a sociedade que confunde sensual com vulgar e valoriza demais o que deveria ser só mais uma exibição apelativa entre tantas outras por aí. As piores críticas devem ficar para os compositores e músicos do funk que sinceramente, não acrescem em nada a nossa cultura com suas criações.

O blues, por exemplo, é muito sensual e diferentemente do funk, ele não é vulgar. Uma vez, uma pessoa cuja opinião me importa muito, e que também é autor desse blog disse: “Se uma mulher faz um show de pole dance, um strip tease, uma dança sensual que tenha um blues ou um rock como fundo musical, então imagina o quanto ela ainda pode ser sensacional!”. Ser sexy dançando funk é uma coisa que qualquer mulher pode fazer, nós mulheres sabemos o quanto isso é fácil e simples. Mas o blues, jazz, funk americano e o rock podem ser melhores do que isso, uma mulher pode ser muito sensual sem precisar de tanto apelo.

Enfim, o problema está na cabeça de quem pensa que só rebolando vulgarmente uma mulher pode ser sensual, também na cabeça de quem pensa (e tem muita gente que pensa) que rockeiras não podem ser muito femininas ou sensuais, algumas até são um tanto masculinizadas por acreditarem que esse é o padrão a ser seguido por quem é do rock. Uma mulher poderia dançar funk sem ser uma vagabunda, e uma mulher pode ser extremamente sexy curtindo um blues, ela pode ser rockeira usando salto alto, sendo feminina e sensual.

Simplesmente imagine-se com uma pessoa com a qual você compartilha um momento e pretende que o ambiente seja romântico e/ou sexy. Que tipo de música seria mais apropriado ouvir? Há.


* A cúpula autora do blog compartilha mesma ou, no mínimo, semelhante opinião sobre os assuntos abordados nos posts, qualquer objeção será retificada, se necessário, em alguma de suas postagens.

** Vamos questionar, debater... claro, isso pode ser feito, mas isso é um blog e a gente escolhe o que faz. O lugar ideal para seu protesto Sr. “Anônimo” chama-se Fórum, e lá as pessoas tem identificação, e respondem pelos seus comentários.
Mais uma vez, agradecendo aos leitores e reforçando o pedido para que se identifiquem apropriadamente.

7 comentários:

  1. nussa! to admirada com o discurso e achei super legal. a mais pura verdade, as mulheres deveriam saber ser mulheres de verdade. muito bom, achei que ninguem fosse falar o que voce falou \../

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  2. oi sou o Anonimo do questionamento!As idéias abordadas no blog estão bacanas, caso contrario não teria lido, se a intenção for apenas criticar por criticar e ser revoltadinho, é modinha sim senhor (desculpa se te decepcionei), mas como foi dito no post anterior, vocês estão aqui para fazer a parte de vocês, fazer as pessoas pensarem de um modo diferente e por isso este post (gostosas) está de parabéns!
    Ter idéias e pensamentos originais, diferentes e convenser as pessoas a se questionarem sobre essas idéias é sim uma critica construtiva e inteligente. Não somos donos de todo o cnhecimento, mas somos unicos em idéias e percepções, rockeiros ou não...
    OBS: gritar para montanha e pedir a avalanche é fácil mas aprender com as criticas nem tanto.

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  3. Não vi nenhuma revolta e nenhum tipo de critica modinha nos textos. Eu sinceramente esperava outra coisa desse post, mas achei muito interessante a até inovador o ponto de vista da priscila. Olhar as coisas de outro jeito mudando o foco é muito construtivo e eu achei até divertido! vamos nos abrir para mudanças de pontos de vista e parabéns pra voces dois agora!

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  4. mulheres são mulheres e ponto! indiferente do gosto musical.. :)
    umas utilizam da sensualidade outras não!
    cada uma encontra o seu equilibrio.
    parabéns!

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  5. Eu achei o 'questão cultural' tão reflexivo que resolvi acompanhar blog e naum me arrependi! Criticar não é só modinha como eh fácil mas a diferença está nos argumentos e soluções q são apresentadas. E essa liberdade e vontade de cultura de vdd é coisa de quem curte e sabe o que eh rock! da pra sentir nos posts dos 2, mas principalment no do Serginho. Vcs dois me parecem um casal pronto pra gritar pras montanhas, e prontos tanto pra avalanches, quanto pra aprender com as críticas!

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  6. Cadê os posts?? vamo gente, qero mais u_u

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  7. Anônimo, convenCer é com c;
    e ideia perdeu o acento.

    quanto aos demais erros - são irrisórios.
    ¬¬

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